Bacafá

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os ciclistas e suas máquinas maravilhosas.

Os ciclistas, ah, os ciclistas. Assim como motoristas, motociclistas e pedestres, há ciclistas de todos os tipos e naipes. Inclusive idiotas. O que dizer, por exemplo, dos ciclistas que conseguem andar do outro lado da rua, na contramão, com uma ciclofaixa lá berrante e berrando para que passem sobre ela continuamente? Ou mesmo uma ciclovia, ainda mais segura?

Por que alguns ciclistas teimam em se sobrepor às regras e achar que riscos são apenas para os outros? E com isso, arriscam, também, a vida de quem nada a ver tem com a história. Presenciei, poucos anos atrás, um ciclista que bateu num veículo que estava, vagarosamente diga-se, entrando na via principal de mão única, e ainda ficou xingando o motorista. O detalhe que não me escapou: havia uma ciclofaixa respeitável do outro lado da rua. Pior foram outros transeuntes, desinformados, tomando as dores do dolorido ciclista irresponsável. E muitos exemplos eu poderia dar aqui, assim como cada um dos leitores.

Que não me venham, também, com a ladainha de que não há ciclofaixas na cidade inteira. Desafio qualquer um a me provar que exista algum município do mundo nesta condição. Nos cruzamentos mais perigosos, a atenção deve ser de todos, não apenas dos motoristas. Aprendi, desde cedo, já que meus pais me ensinaram, que entre um automóvel e eu, num choque, quem vai levar a pior sou eu (a não ser que eu seja aquele menino que o carro passou por cima e ele ficou com apenas alguns arranhões, outro dia). De bicicleta a mesma coisa. De moto provavelmente a mesma coisa também. O velho ditado “quem tem, tem medo” cabe muito bem aqui.

Não que não haja motoristas desatentos ou desrespeitosos. Há, sim, e muitos. Semana passada falei um pouco de algumas espécies deles. Mas por uma questão de instinto de sobrevivência, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

De todo modo, está lá na lei: Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores. No mesmo sentido. Se todos seguirem a lei, sustos e acidentes provavelmente diminuirão. Ademais, todos são responsáveis por todos para a segurança do trânsito.

Já andei muito de bicicleta, e hoje ando mais de carro do que a pé. Vivenciei todos os lados, e sei que o melhor é que respeitemos as leis e os outros e que prestemos a atenção necessária sempre. Do contrário muitos ossos e vidas serão perdidos.

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