Bacafá

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Adulteração: crianças e sexualização precoce pela mídia.

Li no Crianças & Mídia:

"As crianças hoje estão frente a frente com um uso "generalizado de imagens sexualizadas para vender de tudo, de margarina a moda", critica Louise Newman, presidente do The Royal Australian and New Zealand College of Psychiatrists. Segundo ela, a auto-regulamentação da publicidade e da indústria da mídia falhou em proteger as crianças. Da TV aos outdoors, das revistas aos clipes musicais e até mesmo em cartazes dentro de lojas de departamento - as imagens são inevitáveis e transmitem para as crianças preocupações típicamente de adultos e adolescentes em relação ao corpo, apelo sexual e a "ser alguém interessante". Newman critica a apresentação explícita de temas sexuais para crianças - como uma varejista inglesa que vende um kit de pole dancing para crianças - e também a exposição indireta - que ocorre, por exemplo, quando a criança encontra suas revistinhas à venda ao lado de revistas masculinas. A preocupação, segundo Newman, é a criança estar exposta a temas sobre sexo que fazem parte do mundo adulto e não tem a ver com a curiosidade natural que elas apresentam sobre o assunto."

Penso que infelizmente há um descompasso entre a teoria e a prática. Políticos e publicitários - atenção, não quero generalizar - falam que estão preocupados com a exposição precoce das crianças ao sexo através dos programas de televisão, internet, mídia em geral e, em especial, anúncios publicitários. Todavia, a cada dia que passa, percebemos que essa situação se torna cada vez mais comum e rotineira. E estamos todos inertes, passivos, dominados pela acomodação, aceitando essa "adulteração" de nossas crianças.

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