Bacafá

Bacafá

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O certo e o errado.

O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros, não a que temos com nós próprios.

José Saramago; Ensaio sobre a cegueira.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pandemia.

A palavra é PANDEMIA.

Com a tal gripe suína que a imprensa divulga, a palavra mais comentada é PANDEMIA. E o que é PANDEMIA? Trata-se de uma epidemia de doença infecciosa que se espalha em grande parte da população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou, ainda, em diversos continentes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma pandemia pode começar a partir de três condições:

- O aparecimento de uma nova doença à população.
- O agente infecta os humanos, causando doença séria.
- O agente espalha-se facilmente e sustentavelmente entre os humanos.

Diferencia-se da ENDEMIA e da EPIDEMIA.

ENDEMIA é uma doença localizada em um espaço limitado denominado “faixa endêmica”. Isso quer dizer que, endemia é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de causa local. É qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades. Enquanto a epidemia se espalha por outras localidades, a endemia tem duração continua porém, restrito a uma determinada área. No Brasil, existem áreas endêmicas. A título de exemplo, pode ser citada a febre amarela comum Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser vacinadas. A dengue é outro exemplo de endemia, pois são registrados focos da doença em um espaço limitado, ou seja, ela não se espalha por toda uma região, ocorre apenas onde há incidência do mosquito transmissor da doença.

EPIDEMIA é uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico. Isso poderá ocorrer por causa de um grande desequilíbrio (mutação) do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente (desconhecido). Com o tempo e um ambiente estável a ocorrência de doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica.

Logo, a PANDEMIA é uma EPIDEMIA de grandes proporções.

A revolução dos bichos

Terminei de reler (tinha o feito no início da faculdade, começo da década de 90) final de semana retrasado A revolução dos bichos, de George Orwell. Mais do que uma crítica ácida aos sistemas comunistas, pelo menos na visão do escritor na época em que publicou o livro a primeira vez, em 1945, penso que a obra retrata, de maneira figurada, mas bem colocada, a natureza humana de acordo com sua posição no estrato social e como as idéias podem mudar com as transições pessoais. Mudanças de conceitos e de interesses e que tranfiguram completamente os conceitos e interesses anteriores, mesmo que se reneguem princípios ardorosamente defendidos outrora.

É uma leitura que recomendo para todos, em especial para os alunos de Direito ou de outras matérias que lidam diretamente com o comportamento humano. Deve fazer parte da nossa reflexão diária sobre nossos próprios comportamentos e do da humanidade.

"As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco."

Talvez até explique (embora não justifiquem, óbvio) aquelas passagens aéreas que nossos queridos políticos utilizam para fins estranhos a seus cargos (como visto no post de domingo). Clique aqui para relembrar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

8,5% da garotada que joga video game têm sinais de vício

"8,5% das crianças e adolescentes americanos que jogam video games mostram sinais comportamentais de vício. A informação é de um estudo que sai na edição de maio do jornal Psychological Science e é baseado numa pesquisa feita em 2007 pela Harris. Os garotos e garotas que compoem esses 8,5% apresentam pelo menos 6 dos 11 sintomas de vício - incluindo trocar o dever de casa pelos games, se sair mal nas provas ou jogar games para fugir dos problemas. (...)"

Lido originalmente no Crianças e Mídia. Para continuar lendo, clique aqui ou aqui.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

OAB defende transformação do STF em Corte Constitucional com mandato fixo

Após assistir e condenar o bate-boca público dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto voltou a defender, com veemência, que o Congresso aprove com urgência a transformação do Supremo em Corte Constitucional exclusiva e a fixação de um mandato de dez anos, sem direito à reeleição, para os onze ocupantes do mais importante tribunal do país. "Está na hora do Congresso Nacional transformar o STF em Corte Constitucional estabelecendo um mandato de dez anos, sem reeleição, para os seus membros", sustentou.

Hoje, o cargo de ministro do STF é vitalício e ele só se aposenta compulsoriamente aos 70 anos. Britto destacou que a OAB sempre defendeu que o Supremo deveria atuar exclusivamente como um Tribunal Constitucional "para que possa cumprir o seu relevante papel de ser o guardião da Constituição cidadã". Ao transformar o Supremo em Corte Constitucional exclusiva o Congresso transferiria parte dos processos para o Superior Tribunal de Justiça e ampliaria o número de ministros do chamado "Tribunal da Cidadania", hoje composto de 33 membros. "Isso seria uma ótima solução para retirarmos essa pauta exagerada de processos do Supremo", afirmou Britto.
Britto lembrou que durante a Assembléia Nacional Constituinte o atual presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) apresentou proposta no sentido de que o STF deveria ser composto apenas por nove ministros ao invés dos onze estabelecidos pela Constituição. Além disso, naquela época, Temer defendia arduamente que os ministros deveriam ter um mandato fixado, isto é, não deveria existir a vitaliciedade que garante a presença de um ministro no STF, às vezes, por mais de 20 anos.

Durante a entrevista à imprensa de Campina Grande, Cezar Britto criticou a chamada "PEC da Bengala" que amplia de 70 para 75 anos a idade-limite para aposentadoria dos membros do STF e dos demais Tribunais. A PEC da Bengala - disse Britto - é um retrocesso absurdo e inadmissível em nossa legislação, principalmente no que se refere ao Judiciário deste País". "Sempre atenta aos interesses maiores da cidadania brasileira, a OAB não pode acolher uma modificação ao texto constitucional tão nociva", disse Britto. Para ele, essa PEC cria um empecilho ao surgimento de novos valores na magistratura.

Fonte: Conselho Federal da OAB

domingo, 26 de abril de 2009

Sou brasileiro e não desisto nunca.

Podem falar o que quiserem, mas o golaço que o Ronaldo fez no jogo de hoje, contra o Santos, merece referência.

Gol de craque.
Ao som de Raul Seixas:

 Raul Seixas - Tente Outra Vez

A farra das passagens no Congresso.

O advogado Mario Cesar Felippi mandou o interessante link abaixo, no qual consta a lista do deputados federais que utilizaram passagens internacionais para si ou para terceiros, inclusive com os seus destinos.

Procurem os deputados eleitos pelos catarinenses.

Esse é o verdadeiro dinheiro voador. Nosso dinheiro voando.

http://congressoemfoco.ig.com.br/upload/congresso/arquivo/VoosInternacionais_Alfabetica.pdf

quinta-feira, 23 de abril de 2009

STF, a nata do Judiciário.



E ainda tem gente que reclama do magistrado que deu a sentença abaixo comentada.

Mentiras sobre os piratas...

Lida originalmente no Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha.

Estão-nos mentindo sobre os piratas.
5/1/2009, Johann Hari: The Independent, UK.
http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/johann-hari/johann-hari-you-are-being-lied-to-about-pirates-1225817.html

Quem imaginaria que em 2009, os governos do mundo declarariam uma nova Guerra aos Piratas? No instante em que você lê esse artigo, a Marinha Real Inglesa – e navios de mais 12 nações, dos EUA à China – navega rumo aos mares da Somália, para capturar homens que ainda vemos como vilãos de pantomima, com papagaio no ombro. Mais algumas horas e estarão bombardeando navios e, em seguida, perseguirão os piratas em terra, na terra de um dos países mais miseráveis do planeta. Por trás dessa estranha história de fantasia, há um escândalo muito real e jamais contado. Os miseráveis que os governos 'ocidentais' estão rotulando como "uma das maiores ameaças de nosso tempo" têm uma história extraordinária a contar – e, se não têm toda a razão, têm pelo menos muita razão.

Os piratas jamais foram exatamente o que pensamos que fossem. Na "era de ouro dos piratas" – de 1650 a 1730 – o governo britânico criou, como recurso de propaganda, a imagem do pirata selvagem, sem propósito, o Barba Azul que ainda sobrevive. Muita gente sempre soube disso e muitos sempre suspeitaram da farsa: afinal, os piratas foram muitas vezes salvos das galés, nos braços de multidões que os defendiam e apoiavam. Por quê? O que os pobres sabiam, que nunca soubemos? O que viam, que nós não vemos? Em seu livro Villains Of All Nations, o historiador Marcus Rediker começa a revelar segredos muito interessantes.

Se você fosse mercador ou marinheiro empregado nos navios mercantes naqueles dias – se vivesse nas docas do East End de Londres, se fosse jovem e vivesse faminto –, você fatalmente acabaria embarcado num inferno flutuante, de grandes velas. Teria de trabalhar sem descanso, sempre faminto e sem dormir. E, se se rebelasse, lá estavam o todo-poderoso comandante e seu chicote [ing. the Cat O' Nine Tails, lit. "o Gato de nove rabos"]. Se você insistisse, era a prancha e os tubarões. E ao final de meses ou anos dessa vida, seu salário quase sempre lhe era roubado.

Os piratas foram os primeiros que se rebelaram contra esse mundo. Amotinavam-se nos navios e acabaram por criar um modo diferente de trabalhar nos mares do mundo. Com os motins, conseguiam apropriar-se dos navios; depois, os piratas elegiam seus capitães e comandantes, e todas as decisões eram tomadas coletivamente; e aboliram a tortura. Os butins eram partilhados entre todos, solução que, nas palavras de Rediker, foi "um dos planos mais igualitários para distribuição de recursos que havia em todo o mundo, no século 18 ".

Acolhiam a bordo, como iguais, muitos escravos africanos foragidos. Os piratas mostraram "muito claramente – e muito subversivamente – que os navios não precisavam ser comandados com opressão e brutalidade, como fazia a Marinha Real Inglesa." Por isso eram vistos como heróis românticos, embora sempre fossem ladrões improdutivos.

As palavras de um pirata cuja voz perde-se no tempo, um jovem inglês chamado William Scott, volta a ecoar hoje, nessa pirataria new age que está em todas as televisões e jornais do planeta. Pouco antes de ser enforcado em Charleston, Carolina do Sul, Scott disse: "O que fiz, fiz para não morrer. Não encontrei outra saída, além da pirataria, para sobreviver".

O governo da Somália entrou em colapso em 1991. Nove milhões de somalianos passam fome desde então. E todos e tudo o que há de pior no mundo ocidental rapidamente viu, nessa desgraça, a oportunidade para assaltar o país e roubar de lá o que houvesse. Ao mesmo tempo, viram nos mares da Somália o local ideal onde jogar todo o lixo nuclear do planeta.

Exatamente isso: lixo atômico. Nem bem o governo desfez-se (e os ricos partiram), começaram a aparecer misteriosos navios europeus no litoral da Somália, que jogavam ao mar contêineres e barris enormes. A população litorânea começou a adoecer. No começo, erupções de pele, náuseas e bebês malformados. Então, com o tsunami de 2005, centenas de barris enferrujados e com vazamentos apareceram em diferentes pontos do litoral. Muita gente apresentou sintomas de contaminação por radiação e houve 300 mortes.

Quem conta é Ahmedou Ould-Abdallah, enviado da ONU à Somália: "Alguém está jogando lixo atômica no litoral da Somália. E chumbo e metais pesados, cádmio, mercúrio, encontram-se praticamente todos." Parte do que se pode rastrear leva diretamente a hospitais e indústrias européias que, ao que tudo indica, entrega os resíduos tóxicos à Máfia, que se encarrega de "descarregá-los" e cobra barato. Quando perguntei a Ould-Abdallah o que os governos europeus estariam fazendo para combater esse 'negócio', ele suspirou: "Nada. Não há nem descontaminação, nem compensação, nem prevenção."

Ao mesmo tempo, outros navios europeus vivem de pilhar os mares da Somália, atacando uma de suas principais riquezas: pescado. A Europa já destruiu seus estoques naturais de pescado pela superexploração – e, agora, está superexplorando os mares da Somália. A cada ano, saem de lá mais de 300 milhões de atum, camarão e lagosta; são roubados anualmente, por pesqueiros ilegais. Os pescadores locais tradicionais passam fome.

Mohammed Hussein, pescador que vive em Marka, cidade a 100 quilômetros ao sul de Mogadishu, declarou à Agência Reuters: "Se nada for feito, acabarão com todo o pescado de todo o litoral da Somália."Esse é o contexto do qual nasceram os "piratas" somalianos. São pescadores somalianos, que capturam barcos, como tentativa de assustar e dissuadir os grandes pesqueiros; ou, pelo menos, como meio de extrair deles alguma espécie de compensação.

Os somalianos chamam-se "Guarda Costeira Voluntária da Somália". A maioria dos somalianos os conhecem sob essa designação. [Matéria importante sobre isso, em http://wardheernews.com/Articles_09/April/13_armada_not_solution_muuse.html : "The Armada is not a solution".] Pesquisa divulgada pelo site somaliano independente WardheerNews informa que 70% dos somalianos "aprovam firmemente a pirataria como forma de defesa nacional".

Claro que nada justifica a prática de fazer reféns. Claro, também, que há gângsteres misturados nessa luta – por exemplo, os que assaltaram os carregamentos de comida do World Food Programme. Mas em entrevista por telefone, um dos líderes dos piratas, Sugule Ali disse: "Não somos bandidos do mar. Bandidos do mar são os pesqueiros clandestinos que saqueiam nosso peixe." William Scott entenderia perfeitamente.Por que os europeus supõem que os somalianos deveriam deixar-se matar de fome passivamente pelas praias, afogados no lixo tóxico europeu, e assistir passivamente os pesqueiros europeus (dentre outros) que pescam o peixe que, depois, os europeus comem elegantemente nos restaurantes de Londres, Paris ou Roma? A Europa nada fez, por muito tempo. Mas quando alguns pescadores reagiram e intrometeram-se no caminho pelo qual passa 20% do petróleo do mundo... imediatamente a Europa despachou para lá os seus navios de guerra.

A história da guerra contra a pirataria em 2009 está muito mais claramente narrada por outro pirata, que viveu e morreu no século 4º AC. Foi preso e levado à presença de Alexandre, o Grande, que lhe perguntou "o que pretendia, fazendo-se de senhor dos mares." O pirata riu e respondeu: "O mesmo que você, fazendo-se de senhor das terras; mas, porque meu navio é pequeno, sou chamado de ladrão; e você, que comanda uma grande frota, é chamado de imperador." Hoje, outra vez, a grande frota europeia lança-se ao mar, rumo à Somália – mas... quem é o ladrão?

Eu já tinha escrito aqui sobre isso. Clique no título pra ler: "Nós nos consideramos heróis."

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mais uma...

... daquelas sentenças engraçadinhas.
Em que pese a fundamentação convincente do nobre magistrado que prolatou a sentença abaixo, judiciário não é lugar para gracejos ou gracinhas no corpo do processo, em especial do juiz que o preside. O jurisdicionado não quer saber se o juiz se belisca, se o sol vai brilhar depois de uma sentença dando por improcedentes os pedidos, nem, tampouco, se "a galera do gabinete também leu". Interessa o resultado pautado na ética e na seriedade (por mais que às vezes os próprios pedidos não o sejam). O magistrado é o representante do Estado e, a meu ver, não pode se nivelar por baixo com litigantes mal intencionados ou mal esclarecidos.

Eis a dita:

1. Relatório dispensado a teor do art. 38, da LJE.
2. O resto se dispensa e não, por quê Justiça é coisa séria, mas dá até vontade de pensar nisto em função da matéria discutida nos autos.
Li, confesso que sofri, daí a demora... Aliás, ri, reli e três li, até me belisquei, para acreditar – a galera do gabinete também leu. Mas, hoje vai.
Toda a discussão dos autos versa a respeito de “problemas” de um jogo na Internet que se chama VATSIM, que nada mais é do que um ambiente virtual de aviação – tudo o que presta e não presta ta na Net, não há dúvida. O autor foi “ofendido”, quer dano moral e os réus foram “rebaixados”, também querem...

Quem mais quer? Vamos fazer um paredão? Tá pior que o BBB.
Justiça, direitos e garantias fundamentais, Senhores Partes, é coisa séria, inobstante por vezes não o pareça. Enquanto a alta questão de Vossas Senhorias é aqui debatida – quase 200 folhas -, há pessoas que sofrem aguardando a prestação jurisdicional, por terem problemas com a vida, a liberdade o patrimônio e, nós aqui, no VATSIM... Aliás, ATCHIM, não seria um nome mais legal?
Vai -vou poupar -o que já disse em outras oportunidades, parafraseando meu guru Alexandre Morais da Rosa, é assim: "Com a devida vênia, não existem os danos reclamados, sendo que por ser muito fácil ingressar em juízo, acabamos chegando a situações como a presente de absoluto abuso do exercício do direito de ação." "Alguma reflexão é indispensável. Por certo o acesso à justiça, difundido por Cappelletti e Garth (CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Trad. Helen Grace Northfleet. Porto Alegre: Sérgio Fabris, 1988), ganhou um forte impulso com a Constituição da República de 1988 e a criação dos Juizados Especiais Cíveis, apontam, dentre outros, Horácio Wanderlei Rodrigues (Acesso à Justiça no Direito Processual brasileiro. São Paulo: Acadêmica, 1994) e Pedro Manoel de Abreu (Acesso à Justiça & Juizados Especiais. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004).
"A questão que se apresenta, todavia, é se no Brasil de extrema exclusão social (ALVARENGA, Lúcia Barros Freitas de. Direitos humanos, Dignidade e Erradicação da pobreza: Uma dimensão hermenêutica para a realização constitucional. Brasília: Brasília Jurídica, 1998), em que os recursos e meios para garantia do acesso à justiça são escassos (AMARAL, Gustavo. Direito, Escassez & Escolha. Rio de Janeiro: Renovar, 2001), justifica-se a aceitação de toda e qualquer demanda posta em Juízo?

“A resposta, antecipa-se, é negativa. Basicamente por dois motivos:

“ a) Primeiro há uma nova compreensão do sujeito contemporâneo, naquilo que Charles Melman (MELMAN, Charles. O Homem sem Gravidade: gozar a qualquer preço. Trad. Sandra Regina Felgueiras. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2003) denominou como "Nova Economia Psíquica", ou seja, desprovidos de referência gozar a qualquer preço passa a ser a palavra de ordem: "A decepção, hoje, é o dolo. Por uma singular inversão, o que se tornou virtual
foi a realidade, a partir do momento em que é insatisfatória. O que fundava a realidade, sua marca, é que ela era insatisfatória e, então, sempre representativa da falta que a fundava como realidade. Essa falta é, doravante, relegada a puro acidente, a uma insuficiência momentânea, circunstancial, e é a imagem perfeita, outrora ideal, que se tornou realidade." (p. 37). E isto cobra um preço. Este preço reflete-se na nova maneira de satisfação de todas as vontades, principalmente com novas demandas judiciais. E o Poder Judiciário ao acolher esta reivindicação se põe à serviço do fomento perverso, sem que ocupe o lugar de limite. Passa a ser um gestor de acesso ao gozo. Se a realidade de exclusão causa insatisfação, se o outro olhou de maneira
atravessada, não quis cuidar de mim, abandonou, coloco-se na condição de vítima e se reinvindica reparação, muitas vezes moral. Sem custas, na lógica dos Juizados Especiais, a saber, sem pagar qualquer preço. Aliás, dano moral passou a ser band-aid para qualquer dissabor, frustração, da realidade, sem que a ferida seja cuidada. Pais que demandam indenização moral porque não podem ver os filhos, filhos que querem indenização moral porque os pais não os querem ver. Maridos e Mulheres que se separam e exigem dano moral pela destruição do sonho de felicidade. Demandas postas, acolhidas/rejeitadas, e trocadas por dinheiro, cuja função simbólica é sabida: pago para que não nos relacionemos. Enfim, o Poder Judiciário ocupa uma função repatória, de conforto, como fala Melman:"O direito me parece, então, evoluir para o que seria agora, a mesmo título que a medicina dita de conforto, um direito 'de conforto'. Em outras palavras, se, doravante, para a medicina, trata-se de vir a reparar danos, por exemplo os devidos à idade ou ao sexo, trata-se, para o direito, de ser capaz de corrigir todas as insatisfações que podem encontrar expressão no nosso meio social. Aquele que é suscetível de experimentar uma insatisfação se vê ao mesmo tempo identificado com uma vítima, já que vai socialmente sofrer do que terá se tornado um prejuízo que o direito deveria – ou já teria devido –
ser capaz de reparar." (p. 106). Para este sujeito que reinvindica tudo histericamente é preciso dizer Não.


“b) Segundo: pelos levantamentos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, um processo custa, em média, mil reais. Sobre isto é preciso marcar alguma coisa. Por mais que discorde da base teórica lançada por Flávio Galdino (GALDINO, Flávio. Introdução à Teoria dos Custos dos Direitos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005), não se pode negar que o exercício do direito de demandar em Juízo "não nasce em árvore." O manejo de tal direito pressupõe um Poder Judiciário que dará movimentação ao pleito, com custos alarmantes e questões sociais sérias emperradas pela banalização do Direito de Ação. Nesta comarca de Itajaí, existem milhares de ações aguardando julgamento, para um número infinitamente insuficiente de Juízes. Impossível que se promova, de fato, a garantia do acesso à Justiça, ainda mais quando o sujeito quer satisfazer judicialmente questões de outra ordem, na lógica do: não custa nada mesmo; irei incomodar o réu.

“Tal situação, somente prejudica os demais jurisdicionados que possuem questões muito mais serias a serem analisadas, sendo que todas as demais questões debatidas pelas partes ficam com a sua análise prejudicada pela conclusão que aqui se tomou” (sic, ou melhor “Ufa!”).

3. Sejam felizes, que vamos julgar outros feitos, sendo este IMPROCEDENTE em tudo, por tudo.
Sem custas e honorários.

PRI e tchau!

Itajaí, 12 de março de 2009, o sol agora brilha... Talvez, de alegria por esta conclusão.


Antes que achem que o PRI aí de cima seja mais uma gracinha, ou uma referência a uma das concorrentes do último BBB, ante a menção no início da sentença, esclareço que significa "Publique-se, Registre-se e Intime-se".

Essa sentença foi-me remetida pelo advogado Frederico Hulbert, embora já esteja circulando internet afora. Para que não haja dúvidas da sua existência, pode-se acessar através da página do TJSC clicando aqui.

Chico Buarque e Caetano Veloso.

Para recomeçar a semana:

 caetano veloso e chico buarque - não entende nada- cotidiano

terça-feira, 21 de abril de 2009

The B 52's

Noite dessas, zapeando na televisão, vi duas reportagens sobre The B 52's simultaneamente em dois canais diferentes.

Em um deles, a matéria era sobre a banda The B 52's, precursora do new wave, e que sacudiu muita gente nas baladas nos anos oitenta. Eu sou fã dessa banda e devo ter, pelo menos, meia dúzia de LPs deles, os bons e velhos bolachões.

Foi a versão alegre a que esse nome pode se reportar.

Tem, porém, a lembrança triste do mesmo nome. A outra reportagem tratava dos aviões B 52, gigantescos bombardeiros que tiveram especial destaque na Guerra do Vietnam. Só nessa guerra, os EUA despejaram mais bombas do que todas as que foram lançada ao longo da II Guerra Mundial, segundo a reportagem. Um assombro, imagens aterradoras.


Fico eu aqui pensando com meus botões, como pode o mesmo nome reportar a tão distintas imagens: a da alegria e a da tragédia. É verdade que ainda não me acostumei com a guerra, apesar de existir desde sempre. O que me deixa incrédulo é como acontecem, ainda, já que o homem evoluiu tanto e sabe que a deputada pornô italiana Cicciolina tinha (ou tem, porque me parece que anda às voltas com a política novamente) razão: "Faça amor, não faça guerra" (se é que essa frase é realmente dela).

Acordam-me meus amigos lembrando-me: "Raphael, o dinheiro, meu caro, o dinheiro". De fato, sabemos quanto a indústria bélica fatura com uma guerrazinha aqui, outra guerrazinha ali. Afinal, são os outros que morrem, mesmo. Ah, e não se pode desperdicar, numa economia em pré-recessão, uma guerra onde os EUA se envolvam diretamente (pois em tudo em que os EUA se envolvem, os números são assombrosos), mesmo que morram alguns filhos da pátria (afinal, essas mortes são apenas efeito colateral de um resultado muito maior, seja ele qual for).

Talvez um dia, quando eu for presidente dos EUA, eu entenda o porquê dessa fissura pela guerra.

Em tempo: soube, pela reportagem acima mencionada, que o nome da banda norte-americana (é, eles não têm gente que só gosta de guerra) decorreu do apelido dos enormes topetes que as mocinhas na década de 1980 usavam - em última análise, referência aos gigantescos aviões).

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Clássicas.

Como nos últimos posts das tiras do Calvin houve lembrança de outros clássicos, espero que hoje todos os gostos sejam atendidos. Porque, afinal, é segunda-feira e vamos começar bem a semana:

Recruta Zero.

Níquel Náusea


Mafalda


Horácio


Hagar


E, claro, Calvin:

domingo, 19 de abril de 2009

STJ confirma devolução de doação que fiel fez para igreja universal.

Lendo um artigo do Agostinho no Salada à Brasileira, sobre as novas igrejas que surgem todos os dias e com os nomes mais esdrúxulos imagináveis, lembrei de uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que determinou à igreja universal que devolvesse a um fiel seu o que ele tinha doado "em nome de deus".

O recurso para o STJ foi com base numa decisão do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), onde se concluiu que o cidadão/fiel vendeu seu veículo, aconselhado por um pastor para fazer esse sacríficio a fim de melhorar de vida, e deu o resultado da venda à igreja.

Quem quiser pode acompanhar o processo diretamente no STJ, clicando aqui, cabendo esclarecer que a decisão é de 03.03.2009 e a igreja universal apresentou outro recurso tentando reverter a situação.

sábado, 18 de abril de 2009

Romero Britto

Sugestão de arte da Gabriela:



Nascido no Recife, Pernambuco, em 06 de outubro de 1963, no Brasil, Romero Britto, aos oito anos começou a mostrar interesse e talento pelas artes. Com muita imaginação e criatividade, pintava em sucatas, papelão e jornal. Sua família o ajudava a desenvolver seu talento natural, dando-lhe livros de arte para estudar. “Eu ficava sentado e copiava Tolouse e outros mestres dos livros, por dias e dias.“

Para saber mais sobre este artista que já deixou sua marca em diversos produtos muitas vezes utilizados em casa, de porta-copos a rótulos de vinho, acesse diretamente sua página, clicando aqui.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Questão de cor.

"Diálogo num anúncio de automóveis na televisão. Ao lado do pai, que conduz, a filha, de uns seis ou sete anos, pergunta: “Papá, sabias que a Irene, a minha colega da escola, é negra?” Responde o pai: “Sim, claro…” E a filha: “Pois eu não…” Se estas três palavras não são precisamente um soco na boca do estômago, uma outra coisa serão com certeza: um safanão na mente. Dir-se-á que o breve diálogo não é mais que o fruto do talento criador de um publicitário de génio, mas, mesmo aqui ao lado, a minha sobrinha Júlia, que não tem mais que cinco anos, perguntada sobre se em Tías, localidade onde vivemos, havia negras, respondeu que não sabia. E Júlia é chinesa…

Diz-se que a verdade sai espontaneamente da boca das crianças, porém, vistos os exemplos dados, não parece ser esse o caso, uma vez que Irene é realmente negra e negras não faltam também em Tías. A questão é que, ao contrário do que geralmente se crê, por muito que se tente convencer-nos do contrário, as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global. As duas crianças não viam negras, viam pessoas, pessoas como elas próprias se vêem a si mesmas, logo, a verdade que lhes saiu da boca foi simplesmente outra.

Já o sr. Sarkozy não pensa assim. Agora teve a ideia de mandar proceder a um censo étnico destinado..."

Texto do Caderno de Saramago. Continue lendo clicando aqui.

Batismo sabor refrigerante de limão.

Deu no Terra:

Uma igreja na Noruega usou refrigerante sabor limão no lugar de água benta em uma cerimônia de batismo, após as baixas temperaturas registradas na cidade de Stord, ao oeste de Oslo, na Noruega, terem causado o congelamento dos encanamentos. As informações são da Reuters.
O padre Paal Dale, ao perceber que não teria como utilizar água para realizar o batismo, usou o refrigerante para molhar o bebê. "O refrigerante perdeu o gás. O cheiro de limão fez da cerimônia algo realmente incomum", disse o padre.


Ele afirmou, ainda, que a família da criança foi informada sobre a troca apenas momentos antes da cerimônia. "Não tive de dar muitas explicações, apenas garanti que o cheiro seria bom", afirmou Dale.

Será que, com a Coca e a Pepsi descobrindo isso, vai rolar uma nova guerra das Colas?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rótulos antigos de cerveja.

Agora rótulos antigos de cervejas fabricadas em Joinville.













Em breve mais, tanto de Joinville, quanto de outras cidades catarinenses.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Só rico pode cobrar na Justiça.

Pelo menos essa é a idéia de uma determinada juíza de Guarulhos.
Notícia remetida pelo advogado Edemar Utpadel e publicada originariamente no CONJUR.
Acredite se quiser:

"Em Guarulhos (SP), uma juíza definiu a partir de qual valor o cidadão pode recorrer ao Judiciário para receber uma dívida não paga. Para ela, se a dívida for inferior a 20% do salário mínimo, o credor nada pode fazer. Quando o credor for microempresa, o valor mínimo da dívida tem de ser um salário mínimo para que ele possa recorrer ao Judiciário.
A microempresa M.A.P Comércio de Pneus e Rodas não observou esse critério definido pela juíza Vera Lúcia Calviño, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos (SP), e teve sua ação de cobrança extinta. A empresa tentava receber um cheque no valor de R$ 385,44, emitido por Leandro dos Santos Fialho. A juíza declarou o processo extinto, sem analisar o mérito.
Para ela, a ação de “valor insignificante não compensa, sequer, as despesas do autor com transporte até a sede do Juizado, para registro do pedido inicial, audiências e cumprimento de atos que cabem à parte realizar”. A juíza considerou que o valor ínfimo pedido pela microempresa, se satisfeito, pouco ou nada acrescentaria ao seu patrimônio. Ela fundamentou seu entendimento na Lei 9.469/97, cujo artigo 1º permite que o advogado-geral da União e os dirigentes máximos de autarquias deixem de contestar na Justiça dívidas inferiores a R$ 1 mil.
Para a juíza Vera, “é inaceitável” que se permita a tramitação do processo com os ônus financeiros daí decorrentes para a sociedade. “Não se pode olvidar também o tempo despendido pelos serventuários da Justiça, juízes, advogados, oficiais de Justiça, que tem um custo muito superior do que o crédito irrisório que se pretende cobrar, e que é desviado para satisfação de créditos apequenados, verdadeiras manifestações de egoísmo da parte, em detrimento do julgamento de causas mais relevantes.”

A juíza considerou que não há como prosseguir com a ação, pois seu custo financeiro e social é superior à dívida cobrada. “Em um Estado onde o orçamento do Poder Judiciário é reduzido, em que o pagamento da dívida externa exige pesados sacrifícios do povo, sobretudo da classe assalariada, onde a ordem é reduzir despesas a todo custo, até mesmo em detrimento de programas de cunho social, não se pode admitir que o aparelhamento judiciário seja utilizado para cobrança de valor ínfimo.”

Para o advogado da microempresa M.A.P. Comércio de Pneus e Rodas, Rodrigo Nunes Simões, do escritório Nilton Serson Advogados Associados, a juíza impediu o acesso do autor à Justiça. “Há um princípio constitucional que prevê que nem a lei nem o juiz podem vetar o acesso à Justiça, seja o valor considerado pequeno ou não”, afirmou. “A lei não exclui, não faz nenhuma exceção e não julga os valores.” Ele vai recorrer da decisão."

Comentário: só para que fique claro, a Constituição Federal garante, no capítulos dos direitos fundamentais, o acesso de qualquer cidadão aos Poderes Públicos e a impossibilidade de exclusão da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Calvin, o gênio.

Controle absoluto

Eagle Eye no título original, produção EUA/Alemanha, de 2008.

Posso resumir em: 1984 ao extremo.

Vai que quem sabe um dia acontece mesmo. Afinal, George Orwell não estava assim tão errado quando fez suas previsões.

domingo, 12 de abril de 2009

Ensaio sobre a cegueira

Terminei, sexta-feira, a leitura do livro de José Saramago. Vi o filme no sábado. O filme é bom, mas incomparável ao livro. Os detalhes do livro, as discussões, as reflexões não são possíveis de passar ao filme, sob pena de termos uma película arrastada de três horas ou mais.

De todo modo, o livro é contundente. Um soco. A questão não é a improvável situação de todos ficarmos cegos de uma hora pra outra, mas o quanto somos cegos no dia a dia. E o quanto seríamos cegos dentro de circunstâncias violentas e inesperadas.

É o livro que se fecha, na última página, e ainda se fica pensando algum tempo, alguns dias, talvez algumas semanas sobre a história. Deglutindo e refletindo.

Lembrou A estrada, de Cormac, que já falei aqui. Só lembrou porque o li antes; penso que Cormac usou alguns elementos desse livro de Saramago. Pode ser só impressão minha, mas, para ficar no exemplo mais simples, os personagens não têm nomes. As discussões também tem muitos pontos em comum. Vale a pena ler os dois. Quem quiser ler meu comentário sobre A estrada, clique ali em cima no nome do livro.
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"... se antes de cada actro nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ortopé, ortopé, tão bonitinho...

Quem tem mais de 30 lembra desse jingle e dos anúncios publicitários da Ortopé.
O tempo passou e a imagem foi trabalhada. O vídeo abaixo é baseado na nostalgia de ser criança. No fundo, nos traz boas lembranças, ou, pelo menos, as lembranças boas.

Vi pela primeira vez no Criança & Mídia, blog interessante que recomendo. Vale a pena e o tempo.

Consuma, consuma, consuma...

Estou escrevendo esse texto no intervalo do fantástico (pois é, ninguém é perfeito...). E mais uma vez aquilo que é óbvio me deixou um pouco preocupado. Sei que anúncio publicitário serve pra vender. E sei que vender é essencial para o mundo capitalista poder sobreviver (apesar dos liberais mundo afora estarem relendo O Capital, de Karl Marx, ultimamente).

Só que essa voracidade sobre o consumidor algumas vezes assusta. Antes eram os idosos ou aposentados, alvo da publicidade de empréstimos consignados. De tantos filhos e netos se aproveitarem dessa facilidade, solicitando aos pais ou avós esse favor, e não pagarem as parcelas dos empréstimos, e de tanto os próprios aposentados passarem a utilizar esses empréstimos por serem induzidos pelos anúncios publicitários, o Governo teve que tomar medidas. Como pode se perceber, não há mais publicidade dessa natureza na televisão e no rádio.

O próprio Código de Defesa do Consumidor prevê determinadas limitações para a publicidade. Em especial para as crianças, muito suscetíveis às fantasias publicitárias.

Pois bem. O alvo agora são os jovens. Não é novidade, mas parece que agora a coisa está ficando ainda mais séria. Não são só os produtos que são massacrados diariamente para o jovem na mídia. O crédito está sendo oferecido como a coisa mais normal, simples e maravilhosa do mundo.

Em um intervalo do programa acima falado, apareceram dois anúncios seguidos: do Mastercard e do Banco ABN Real. Ambos direcionados aos universitários. Confiando nos universitários.

É bem possível, porém, que antes mesmo de se firmarem nos mercados profissionais que escolheram ou mesmo antes de terminarem seus cursos, os jovens universitários estejam já endividados.

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Em tempo: o projeto de lei n. 5921/01 simplesmente proíbe publicidade de produtos infantis, quaisquer que sejam, no horário compreendido entre as 7 e as 21 horas. Afinal de contas, como sempre defendi, a publicidade deve ser para os pais das crianças, que são as pessoas que devem decidir sobre o interesse, a necessidade e a disponibilidade financeira. Tem meu apoio.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Rótulos de cervejas antigas.

Rótulos de cervejas antigas de Jaraguá do Sul - SC.
Em breve, rótulos de cervejas antigas de outras cidades de Santa Catarina.

Razões de os casamentos mais antigos durarem tanto.

Indicação do amigo Vinícius Salai Floriani.
Antigamente as revistas davam as orientações corretas a suas leitoras. Assim, os casamentos tinham longevidade:
"Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". (Jornal das Moças, 1957)

"Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo". (Revista Claudia, 1962)

"A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa". (Jornal das Moças, 1965)

"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas,servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas". (Jornal das Moças, 1959)
"Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa". (Jornal das Moças, 1957)
"O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide - sempre". (Revista Querida, 1953)

"Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil". (Jornal das Moças, 1958)
"É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido". (Jornal das Moças, 1957)

"O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza". (Revista Querida, 1955)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Reféns dos filhos.

Texto do sociólogo e professor Victor Alberto Danich.

Vivemos numa sociedade na qual os adolescentes podem ser classificados como seres “sugadores”. Sugam com fruição tudo que os rodeia: seus pais e todos os objetos e afetos que os circundam. Como os elementos de conforto que encontram na casa lhes oferecem tudo fabricado e pronto, sua visão da existência se concretiza no ideal de poupar energias e evitar esforços. Toda a vida familiar gira em torno deles: Discutem-se os programas a selecionar, como deve ser compartido o uso do carro, se é necessário ter ou não celular, o tipo de vestimenta adequada para tal o qual festa, se aquela escola carece ou não de prestigio, ou simplesmente se a posse de determinados objetos os identificam com determinado grupo social.

A criança-adolescente, na sua posição de “sugador”, não percebe o esforço que é realizado por seus pais para a obtenção desses elementos de status, e faz a idéia que tudo chega às suas mãos da maneira mais fácil. Sua conduta de “sugador” logo o transformará num caçador incansável de status, tratará de acumular objetos de conforto para nunca sair dessa condição, que seguramente a incorporará como um projeto de vida.

No entanto, eles não são “pequenos monstros”, são apenas nossos filhos influenciados pela mobilidade social relativa, onde os meios de comunicação e os membros da mesma idade funcionam como agentes de formação, transmitindo e estimulando essa nova mentalidade de status. Na nossa sociedade existe uma tendência acentuada a generalizar os problemas na esfera psicológica. Tem-se futuro ou não, se é um triunfador ou um fracassado. Este processo se sintetiza no despertar cedo do jovem para a ambição e a vida adulta, usando-se um critério tanto otimista como desalentador. Otimista porque propõe metas que supostamente todos podem alcançar. Pessimista porque a exclusão atinge aqueles que não se enrolam na competição.

O jovem vê a sociedade como meio de conquista do que incorporação na mesma, onde esse impulso para “o grande salto” lhes permite assumir rapidamente o papel de adulto. Incorpora-se a mesma ambição de status: o carro o km, o celular próprio, as férias nos melhores centros recreativos. Termina-se assumindo uma espécie de jogo lúdico de adulto. Nessa fase de crescimento, existem muitos adolescentes que não apenas “imitam”, senão que “atuam” como adultos.

Por outro lado, os jovens rejeitam certos valores e aceitam outros. Rejeitam aqueles que exigem esforço e tempo de maturação, e assumem aqueles mais rápidos de assimilar: a conduta adulta exterior. Como escapar dessa armadilha? Como fazer acreditar a nossos filhos que existem outras formas de organizar a vida social? Será que devemos remodelar o rito de passagem para a vida adulta?

Quando a piada perde a graça.

Pelo menos pra quem a faz...

A apresentadora Eliana Michaelichin não conseguiu ter o seu recurso especial analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dessa forma, ficou mantida decisão que condenou a apresentadora e a Rede Record de Televisão ao pagamento de indenização pelo uso indevido da imagem do jornalista Cid Moreira no programa “Tudo é Possível”.

Eliana e a rede de televisão foram condenadas ao pagamento de R$ 60 mil, pelos danos morais, e mais R$ 60 mil pelo uso indevido da imagem do jornalista, no programa exibido no dia 23/10/2005. Nele, apresentaram um boneco que imitava as feições e a voz de Cid Moreira e que interagiu durante toda a programação como se fosse o próprio.

No STJ, a apresentadora recorreu da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que não admitiu o recurso especial. Ela defendeu a impossibilidade de ser condenada pelo uso indevido de imagem, pois jamais utilizou-se da real imagem do jornalista, mas sim executou paródia, uma forma permitida na legislação, com a utilização de ser inanimado com características físicas que remetiam a ele. Requereu, assim, a redução do valor da condenação.

Ao decidir, o relator, desembargador convocado Vasco Della Giustina, destacou que afastar a caracterização do dano material à imagem e do dano moral demanda discordar dos fatos expressamente reconhecidos pela instância ordinária. Assim, acolher a tese do recurso é, também, por via transversa, investigar todo o conjunto fático-probatório dos autos, o que é inadmissível, conforme a Súmula 7 do STJ.

Quanto à indenização, o desembargador convocado considerou que não se revela exagerado ou desproporcional às peculiaridades da espécie, não se justificando a intervenção do STJ. Dessa decisão ainda cabe recurso.

Se toda paródia fosse condenada muito humorista ficaria devendo por gerações...
Como diria o próprio Cid: "Puxa, Mr. M, isso é fantástico!"

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Terremoto na Itália.

Impressionante o terremoto que atingiu a Itália.
Vidas e história (monumentos e edificações) perdidas.
Os últimos números apontam para mais de 100 mortos e mais de 100 mil desabrigados.

Fotos podem ser vistas aqui:

Portal Terra: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3686459-EI8142-ABG,00.html

Portal IG: http://ultimosegundo.ig.com.br///multimidia//galeria_de_fotos/2009/04/06/terremoto_na_italia_369906.html

Portal BBC: http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_pictures/7984969.stm

Pesadelo do cão.

Às vezes a gente acorda no susto, por conta de um sonho ou pesadelo.
Mas um cachorro sonhando tão alopradamente eu nunca tinha visto.



Vi pela primeira vez no Paralelepípedo que faltava.

domingo, 5 de abril de 2009

Descanso.


By Gabriela Lopes.

INRI Cristo

E por falar em igreja, concordo com o Piangers:

"Nem Pretinho Básico, nem Pânico, nem CQC, nem Casseta e Planeta, nem Pampa Cats.
O grupo de comédia mais GENIAL do Brasil, hoje, é liderado pelo Inri Cristo.
Eu tenho CERTEZA que um dia alguém vai descobrir que a seita do Inri NA VERDADE É UMA REUNIÃO DE ROTEIRISTAS DE COMÉDIA, pensando idéias geniais pra entrevistas, discursos, participações em programas e versões de músicas internacionais."

Do blog Cala a boca, Piangers.

Pra confirmar a teoria:



Fico pensando, cá com meus botões, se alguém leva esse cara a sério. Bom... levam tanta gente a sério, tantas teorias e tantas outras histórias metafísicas por aí, que não duvido de mais nada.

sábado, 4 de abril de 2009

Juízes e suas sentenças.

Alguns magistrados definitivamente não têm nenhum respeito pelo trabalho dos advogados. A impressão que passam, através de suas sentenças, é que ou são causídicos frustrados ou são juízes inconformados com o sucesso alheio.

A advocacia é, sem dúvida, uma das profissões mais bonitas que existem (sou suspeito, eis que a coloco em primeiro lugar ante tudo que a envolve). Entretanto, quando se depara com certas decisões dá um verdadeiro desânimo. Menos mau que os tribunais, na maioria das vezes que isso acontece, não fecha seus olhos.

Estou falando, hoje, especificamente daquelas decisões onde os sentenciantes, apesar do trabalho e dos valores envolvidos, determinam honorários ridículos e irrisórios. Vejam a notícia:

"A quantia fixada pelas instâncias ordinárias a título de honorários advocatícios somente pode ser alterada se demonstrado o exagero ou quando fixada de forma irrisória, sob pena de incidência da Súmula 7 do STJ. Com essa observação, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, aumentou de R$ 500,00 para R$ 100 mil os honorários que devem ser pagos a advogados do Rio de Janeiro num processo da Companhia Fluminense de Habitação (Cofluhab) contra a Caixa Econômica Federal (CEF), cujo valor da causa era de aproximadamente R$ 5 milhões em 1999.

"Havendo dúvida sobre a liquidez da dívida e impedido o juiz de aferir o quantum a ser executado, há que ser reconhecida a nulidade da execução”, afirmou o TRF. Determinou, ainda, o pagamento de honorários no valor de R$ 500 aos advogados da companhia. Ambas as partes interpuseram embargos de declaração, mas foram rejeitados. Posteriormente, a companhia entrou novamente com embargos, mas foram rejeitados.


No recurso para o STJ, a Confluhab alegou violação dos artigos 20, parágrafos 3º e 4º, e 535 do Código de Processo Civil, além de apontar a existência de dissídio jurisprudencial. O recurso foi provido. “Nas causas em que não há condenação, os honorários advocatícios devem ser fixados com base nos parâmetros do artigo 20, parágrafo 4º, do Código de Processo Civil, consoante apreciação equitativa do Juiz”, observou a relatora do caso, ministra Nancy Andrighi.

Segundo destacou a relatora, nos casos de apreciação equitativa dos honorários, o julgador deve basear-se nos seguintes parâmetros: a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de prestação do serviço; c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço; não ficando restrito aos limites percentuais mínimo e máximo previstos para os casos em que há condenação.

Ao dar provimento ao recurso, a ministra afirmou que a decisão do tribunal carioca limitou-se a transcrever o disposto no parágrafo 4º do artigo 20 do CPC, sem, todavia, esmiuçar as razões que o levaram a estabelecer em R$ 500,00 o valor da verba honorária, nem um pouco razoável, pois não reflete a importância da causa nem se mostra compatível com a responsabilidade que recaiu sobre os patronos da recorrente. “Constata-se que os advogados da recorrente têm atuado há aproximadamente 10 anos com zelo e diligência, período durante o qual opuseram os imprescindíveis embargos do devedor e interpuseram, oportunamente, os recursos cabíveis”, asseverou.

A ministra destacou que o provimento de um destes, o apelo, acarretou a reforma da sentença que havia julgado improcedente o pedido formulado nos embargos à execução e terminou por extinguir a execução de um título de aproximadamente R$ 5 milhões (valores de 1999).”Em que pese o êxito dos embargos ter sido obtido mediante a alegação de que os cálculos apresentados pela recorrida eram confusos e não demonstravam com exatidão o valor da dívida, não representando, portanto, uma solução definitiva sobre a inexistência de um crédito que porventura possa ser exigido por outra via, é inarredável a conclusão de que, se não fosse o trabalho desempenhado pelos advogados, a recorrente teria sido constrangida a pagar o valor pleiteado pela recorrida”, concluiu Nancy Andrighi."

Fonte: STJ. Notícia remetida pelo advogado Edemar Utpadel.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ah, se fosse o Lula...

... a quebrar o protocolo de não se tocar na Rainha da Inglaterra.


A imprensa tupininquim - e não só a imprensa - adoraria fazer um escarcéu chamando o Presidente brasileiro de ignorante, desinformado, indelicado, sem-noção, ou de coisas piores.

Entretanto, o nosso PIG achou lindo o gesto da primeira dama norte-americana. Foi um gesto ousado e encantador, conforme uma "colonista" do Bom Dia Brasil. Aquela mesma que adora achincalhar o Presidente brasileiro e as coisas do Brasil; a mesma que adora prever catástrofes para a economia brasileira ou que enxerga só coisa ruim nas políticas sociais do país. A especialista.

Tenho a maior curiosidade de saber o que falariam se o abraço fosse do Lula...

Em tempo:

1 - "Colonista" foi um termo cunhado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim para se referir aos colunistas que tratam o Brasil como uma colônia do tempo do império.

2 - Não tenho absolutamente nada contra a senhora primeira dama dos EUA e muito menos contra o gesto dela. Ao contrário, nutro simpatia por ela e pelas conquistas do seu marido. O texto reflete apenas uma indignação sobre como a nossa imprensa trata as situações com uma medida e dois pesos.

3 - Para saber o que é PIG, basta clicar na palavra lá em cima.

O papa que não é pop.

Requentando assunto, que já foi muito bem tratado em diversos blogs, inclusive em alguns dos indicados aí do lado.
Como não quero repetir - e sem o mesmo brilhantismo dos amigos - fica apenas a pergunta do dia:

Se Bento 16 é o representante maior de deus na terra, e se deus misericordiosamente defende a vida, por que o papa que não é pop não defende o uso de camisinha, quando se sabe que só na África a AIDS já matou mais de 25 milhões de pessoas?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cineclube de Jaraguá do Sul

Indicação do incansável lutador e defensor da cultura na região, Carlos Henrique Schroeder.

Profissão: repórter, um filme de Michelangelo Antonioni, com Jack Nicholson e Maria Schneider.

Melhor filme europeu e melhor diretor no Bodil Awards.
Indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Melhor fotografia e melhor diretor pelo Italian National Syndicate of Film Journalists.
Melhor ator estrangeiro no Sant Jordi Awards.

Sessão no dia 8 de abril, quarta-feira, 19h30min, no Teatro do novo SESC Jaraguá do Sul.
Rua Jorge Czerniewicz, 633, Czerniewicz, Jaraguá do Sul - SC.

Entrada franca

Sinopse: Quando um viajante morre repentinamente, o esgotado jornalista David Locke assume sua identidade. Utilizando a agenda do homem morto como guia, Locke viaja pela Europa e África, fazendo reuniões com perigosos negociantes de armas e se apaixonando por uma jovem charmosa. Mas sua excitante recém-descoberta liberdade carrega um preço fatal: Locke gradualmente percebe que está num beco sem saída.

Site oficial: http://www.thepassengerfilm.com/
Trailer do filme: www.youtube.com/watch?v=volhZh9JQ4o

Logo após a sessão, debate com os curadores do Cineclube, Carlos Henrique Schroeder e Gilmar Antônio Moretti.

Cineclube de Jaraguá do Sul, o espaço de cinema de arte na região, filiado ao MPLC BRASIL, em conformidade com as leis de reprodução e direitos autorais.

Profissão: Repórter
(Professione: Reporter, 1975 ou The Passenger)
» Direção: Michelangelo Antonioni
» Roteiro: Mark Peploe (história / roteiro), Peter Wollen (roteiro), Michelangelo Antonioni (roteiro)
» Gênero: Drama
» Origem: Estados Unidos/França/Itália
» Duração: 119 minutos

Futuro do Brasil

Recebi a foto abaixo da minha amiga Carina D. Balvedi:


Estudantes do ensino médio da rede estadual de Vila Velha (ES) protestando contra a ampliação da carga horária nas aulas.Até pode ser que estes alunos não tivessem condições adequadas para um estudo produtivo, mas o que parece é que não se esforçaram em nada nas aulas de língua portuguesa.
Podemos brincar com o jogo dos vários erros.
Seria cômico se não fosse trágico.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Blitz - Dali de Salvador

Música da semana.

Blitz foi o primeiro fenômeno no cenário de rock do Brasil. Com seu jeito escrachado abriu as portas para praticamente todas as bandas que estouraram na década de 80.

Uma das músicas que mais gosto, e que tem uma das poucas letras poéticas do grupo, é Dali de Salvador. Vale a pena curtir e viajar. Com vocês, Evandro Mesquita e sua trupe:

 Blitz - Dali De Salvador

Um trilhão de dólares.

Recebi através de e-mail do amigo Adriano Skovronski:
O que lhe parece 1 trilhão de dólares? Toda essa conversa de "pacote de estímulos" e "salvamentos financeiros..."1 bilhão de dólares...100 bilhões de dólares...800 bilhões de dólares...1 TRILHÃO de dólares...O que isso significa?

Bem, vamos começar com uma nota de $100 dólares. Atualmente, é a maior nota em circulação nos E.U.A. Muitas pessoas já viram uma delas, poucos possuem uma no bolso, e é garantia de fazer amigos onde quer que se vá.



Um pacote de cem notas de $ 100 dólares é inferior a 1/2 polegada de espessura e contém $ 10.000 dólares. Encaixa facilmente no seu bolso e é mais do que suficiente para uma semana ou duas de diversão da melhor (ou pior) espécie.

Acredite ou não, esta pequena pilha abaixo é de US$ 1 milhão de dólares (100 pacotes de $ 10.000). Você poderia colocar esta quantia em um saco de papel de supermercado e passear por aí com ele facilmente.


Enquanto que a merreca de $ 1 milhão parece bem inexpressiva, $ 100 milhões é um pouco mais respeitável. Ele se encaixa perfeitamente em um palete de madeira padrão, veja:

E $ 1 bilhão de dólares... agora parece que estamos chegando a algum lugar...

Em seguida, vamos olhar para um trilhão de dólares. Este número é o que temos ouvido nos últimos meses nas notícias do mercado financeiro e sobre a crise mundial. O que é um trilhão de dólares? Trata-se de um milhar de milhões. É o número 1 seguido por 12 zeros. Está pronto para isto? É bastante surpreendente.
Senhoras e senhores ... Eu lhes apresento o tamanho de $ 1 trilhão de dólares ...
(E repare que os paletes são pilhas duplas)

Portanto, da próxima vez que você ouvir alguém falar por aí de "trilhões de dólares" ... é disso que eles estão falando.

Meu comentário: não diziam por aí, antes da tal crise mundial, que com alguns milhões de dólares conseguiriam frear a fome mundial? Parecia tão mais simples do que mexer com tantos paletes duplos de dinheiro!!