Bacafá

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Piauí e suas caras.

Quando estava na escola aprendi que Piauí é um Estado nordestino pouco lembrado, terceiro em tamanho entre os Estados daquela região, com uma bandeira a la Estados Unidos da América e cuja capital muitas vezes se esquece (arrá... esqueceu, né? Aí vai: Teresina).



Depois de adulto (eu), chegou-me às mãos uma publicação nova, uma revista com diversos tipos de histórias, de um jornalismo diferente, onde a notícia não é o mais importante. Era piauí (assim mesmo, tudo em minúsculas). Uma revista pra ler em qualquer lugar. Passa na banca e compra uma ou dá uma navegada por aqui. Essa foto aí do lado é capa da primeira revista, que li e guardo.

Essas são as caras boas do/da Piauí.

Não tenho visto muita televisão ultimamente, e soube, na quarta-feira e por alto, nos noticiários da noite (aqueles últimos das tvs abertas), que houve atos de vandalismo na comunidade de Paraisópolis em São Paulo. Geograficamente a situação, por si só é praticamente um quadro de Salvador Dalí, eis que a favela está cercada por um dos bairros mais nobres da cidade, o Morumbi. Ocorre que por causas que ainda não compreendi, segunda-feira foi o dia de cão daquela região. Um bando de marginais (que em hipótese alguma podemos confundir com todos os moradores de lá) simplesmente depredou de tudo um pouco. As cenas na televisão foram dantescas.

E tudo, ao que parece ou a polícia divulga, comandado por um certo marginal conhecido pela alcunha de Piauí.

Um Piauí qualquer que se aproveitou da inoperância e ausência do Estado, em sentido lato, nas comunidades pobres, ou mais especificamente, na sua comunidade pobre, para comandar uma "rebelião popular" que, na realidade, pode ser chamada, com muito mais propriedade, de "barbárie de bandidos".

Esse é o Piauí que não nos faz falta e cuja posição geográfica ou literária deveria ser dentro de uma cela.

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